sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ARTIGO DE OPINIÃO: ENSINANDO UMA LINGUAGEM MUNDIAL - OLIMPIADA DA LINGUA PORTUGUESA 2010

Ensinando uma linguagem mundial

Marcela Silva Lisboa,
aluna do 2ºano do Ensino Médio
Etec “Prof. José Sant’Anna de Castro”, em Cruzeiro.

          Alguns moradores da minha de cidade de Cruzeiro, interior do estado de São Paulo, falam uma língua mundial, que toca corações e desperta sentimentos, porém nem todos conseguem ouvi-la.
          Essa língua mundial da minha cidade é proclamada por um grupo de jazz: Jazz Quinteto, que abre as portas de seu estúdio musical todas às terças-feiras, a partir das 19 horas, com acesso gratuito. Entram operários, pessoas que passam pela rua para ouvir esse som. Tocam vários tipos de músicas, de MPB ao Jazz. Abrem espaço para novos cantores, músicos, alunos da própria escola.
          Durante uma hora de apresentações, as pessoas experimentam novas sensações provocadas pelo som que embala o ambiente decorado rusticamente, à luz de velas e jogos de luz. Os instrumentos musicais: sax, violoncelo, guitarra, bateria, teclado causam grande fascínio.
          Esse estilo musical tão agradável deveria ser mais divulgado. As escolas deveriam educar seus alunos para essa e outras culturas musicais. Aliás, por que não o fazem?
          A ação do grupo de jazz da minha cidade me recorda o grandioso projeto “Playing for Change”, que, através da música, resgatou grandes talentos em comunidades pobres de todo o mundo, unindo assim, diversas culturas, desfazendo preconceitos, eliminando fronteiras e, acima de tudo, unificando corações.
          Eu acho que, hoje, devemos separar as músicas em dois tipos, já que a música boa restaura sentimentos e algumas músicas atuais são vazias de conteúdo. A sociedade atual tem dançado e repetido refrões que não passam sensibilidade nenhuma e desconhecem MPB. A nossa boa música está sendo esquecida. Muitos ainda não experimentaram um som de qualidade, capaz de nos transformar interiormente.
           Assim, o Jazz Quinteto deveria ser mais divulgado junto às escolas e à população, ajudando pessoas a aprimorar seus sentimentos. O trabalho do grupo musical começou tímido, mas deveria ser valorizado. A língua mundial da minha cidade precisa ultrapassar as serras e montanhas, o vale que a cerca. Precisa, de fato, ser ouvida, sentida e entendida por todos.
PARABÉNS: Aluna Marcela e Profª Maria Eli